domingo, 24 de abril de 2011

Sem o peso da escravidão!

Recebi esta manhã um texto do meu querido Pr. Nery e quero aproveitar para compartilhá-lo com todos vocês, nesta data tão especial onde os cristãos do mundo todo trazem à memória o holocausto precioso que nos reitrou o peso da condenação, libertando-nos para viver uma vida abundante.

PÁSCOA
A palavra portuguesa “pascoa” é usada para designar a festa dos judeus, que no hebraico é chamada PASACH, que significa "saltar por cima", "passar por sobre". PESACH é a forma nominal da palavra. Esse nome surgiu em face da tradição de que o anjo da morte, ou anjo destruidor, "passou por sobre" as casas assinaladas com o sangue do cordeiro pascal, quando ele matou os primogênitos dos egípcios (Exôdo 12:21). Essa foi a última praga, pragas que se tornaram necessárias para convencer Faraó a permitir que Israel saísse do Egito, após séculos de escravidão naquele pais. Portanto, a Páscoa assumiu o sentido de livramento e o próprio êxodo foi a concretização dessa libertação.
PRINCIPAIS SÍMBOLOS E LIÇÕES ENVOLVIDOS:
As primeiras associações sugerem a idéia de ação de graças, pelas provisões recebidas, mediante os produtos da terra e a criação de animais, resultante alimentos e em produtos variadas.
O bem e o mal recebem seus respectivos galardões e punições. Faraó foi longe demais. O Egito foi julgado, Israel obedeceu a Yahweh. Seguiram-se livramento e benção.
A escravidão é algo a ser amargamente relembrado. A liberdade é mais preciosa de todas as possessões humanas. As forças das  trevas escravizam. O Espírito de Deus concede liberdade.
A obediência redunda na libertação. Israel seguiu as instruções e fez as provisões apropriadas. A desobediência foi desastrosa para o Egito.
O princípio da expiação faz parte das necessidades humanas.
Assistência divina, ou intervenção, algumas vezes se torna parte necessária da experiência humana. Israel nunca poderia ter se libertado por si mesma.
Em Cristo temos o nosso Libertador, nossa expiação, bem como o cumprimento espiritual de vários princípios acima mencionados.
Foi estabelecido um pacto entre o Senhor e a emergente nação de Israel. Também há um novo pacto em nome de Cristo. (Lucas 22:20; I Coríntios 11:2)
Jesus estabeleceu um pacto com a sua emergente Igreja (Exôdo 2:24;3;15); mais especialmente, a kainé diathéke, "o novo pacto" (Hebreus 12:4; Lucas 22:20; I Coríntios 11:25). Esse Novo Testamento foi como um cumprimento do Antigo Testamento. Êxodo Cristão. Não devíamos  esquecer desse aspecto.  
A páscoa no Antigo Testamento marca o começo da saída da escravidão; de fato era o poder de Deus por detrás dessa libertação. Assim também, em Cristo, encontramos um êxodo que nos liberta da velha vida com a escravização ao pecado. No sentido Teológico, algo foi realizado que não poderia ter sido realizado pela lei. Este é o tema principal tanto de Paulo (como sua doutrina da justificação pela fé) quanto ao tratado aos Hebreus. 
O êxodo judaico libertou um povo inteiro da servidão física. O êxodo cristão oferece a todos os homens a libertação do pecado, bem como a outorga do Reino da Luz, onde impera perfeita liberdade. Em Cristo, pois, os homens podem tornar-se filhos de Deus (Gálatas 4:4-6), transformados segundo a imagem do filho (Romanos 8:29), participantes da natureza divina (II Pedro 1:4; Colossenses 2:10). E agora eles olham para a Cidade celeste como a sua Pátria da mesma maneira que Israel buscava uma nova pátria (Hebreus 11:10).
Fonte: “O Antigo Testamento interpretado, versículo por versículo. n°7, Pg.4966,7”

domingo, 17 de abril de 2011

Não é tarde para sonhar!

Não é tarde para se sonhar, o céu ainda é azul, há esperança! (...) Minha força vem de um Deus que faz milagres, minha fé está além do impossível, minha esperança viva está, meu coração não quer parar, pois não é tarde nunca é tarde para se sonhar. Não é não!

O trecho acima faz parte da música "Não é Tarde", interpretada pela Fernanda Brum e Ana Paula Valadão. Ao som dessa música o Senhor tem falado profundamente ao meu coração nos último dias.
Sonhar faz bem! Esse verbo nasceu quando Nosso Deus deu forma ao mundo e à Sua imagem e semelhança nos gerou: fruto de Seu sonho para escrever uma história para toda uma criação.

O discurso de Pedro ao judeus cita a profecia de Joel acerca da efusão do Espirito Santo de Deus: "E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne. E vossos velhos sonharão." (Atos 2.17). Não por acaso, esse trecho salta de aos olhos de forma gritante: "os velhos sonharão".
Na época de Joel, que era o porta-voz de Deus durante o reinado do Rei Joás, a desgraça atingia Judá, enxames de gafanhotos devastaram toda a terra, sobrevindo uma terrível seca, destruindo toda a base econômica do país, deixando o povo desamparado e em choque. É fácil compreender que ante tal cenário, eles tinham perdido a capacidade de sonhar pois a vida dura e cruel limita o sonho, limita a vontade de crescer.

O profeta Joel afirmou que a praga dos gafanhotos havia sido enviada por Deus como um alerta para despertar o povo dos vários pecados cometidos por Judá, Joel também utilizou aquela praga como retrato de algo ainda mais catastrófico, a invasão de um exército com o poder de transformar um terra tão fértil como o Jardim do Éden num deserto assolado: o temível Dia do Senhor, quem o poderá suportar? (Joel 2.1-11). 

Diante desse cenário, ainda havia esperança: responder o chamado de Deus ao arrependimento. A oferta graciosa de Deus à nação de Judá para a conversão e Seu convite para a misericórdia cairam em ouvidos surdos, infelizmente. Mas Deus também prometeu que aquele julgamento seria seguido de grande benção, no sentido material (Joel 2:18-27) e principalmente espiritual (Joel 2:28-32), essas ricas promessas são seguidas da descriação do julgamento de todas as nações, no vale da decisão, no fim dos tempos. Joel encerra seu livro com as bênçãos do Reino sobre o remanescente fiel de Judá: "Judá, porém, será habitada para sempre, e Jerusalém, de geração em geração" (Joel 3:20).

O Nosso Deus controla o curso da história, e à medida que confiamos a Ele a direção de nossas vidas, temos a certeza de que há espaço para viver os sonhos que Ele teceu para Sua criação. 

O convite ao arrependimento seguido de promessas, é um espaço para continuar sonhando, para crescer dentro da vontade de Deus. No contexto dessa palavra, os velhos são tidos como aqueles que, devido sua avançada idade, não se desgastam mais em planos diversos como um jovem vigoroso. Em nosso tempo ainda é assim, raramente encontramos homens e mulheres avançados em idade planejando, sonhando, cultivando esperanças....Mas com Deus isso é possível!

Nos dias difíceis de Juda Deus afirmava àqueles que se voltassem para Ele que haveria um dia em que a terra seria cheia de esperança a tal ponto que até os velhos sonhariam novos sonhos; nos dias de hoje, em que você talvez possa também enfrentar períodos de seca em sua vida, em sua área material, sentimental ou principalmente em seu relacionamento com Deus, essa palavra ecoa nos ouvidos atentos como uma afável promessa: Volte-se para mim, e você voltará a sonhar!

Afirmar que os velhos sonharão, é afirmar a possibilidade de, em Cristo, viver acima da aparência, do tangível, é andar sobre nossas alturas, é viver o impossível, é acreditar em milagres, é contemplar um céu azul sobre o enegrecer das nuvens de chuva, é crer na esperança e declarar sem pestanejar que NÃO É TARDE PRA SONHAR, com Deus todas as coisas são possíveis, sim! 

"Quando o Senhor trouxe restauração a Sião, foi como um sonho. Então a nossa boca se encheu de riso, e a nossa língua de cantos de alegria." 
(Salmo 126:1-2)