domingo, 21 de novembro de 2010

Ipê Amarelo!

Estive em Santos no último Domingo para uma participação breve no Mais Que Ouro durante os Jogos Abertos do Interior, pouco tempo mas o suficiente para interceder pelo projeto e por cada coração onde foram lançadas as sementes preciosas do amor de Cristo, pude também rever alguns queridos que estiveram comigo na África do Sul e matar um pouquinho das saudades. Bom demais!


Ao chegar próximo da Vila Belmiro perto das 10 horas de uma manhã um pouco cinzenta, numa rua com algumas casas antigas eu notei um lindo e vibrante Ipê amarelo, certamente o mais florido que já vi, pena não tê-lo fotografado, mas guardei aquela bela imagem na minha mente, que me inspirou para esse post, pois me trouxe de volta à reflexão sobre o processo sofrido pelas árvores, desde a poda até a flora.


O Ipê Amarelo é a primeira árvore a anunciar a chegada da tão esperada estação das flores aqui no Brasil. Há alguns meses atrás, aquele lindo Ipê exuberadamente florido não estava assim, antes de chegar ao apogeu de sua beleza ele enfrentou a poda do Outono.


A poda de árvore consiste basicamente no ato de se cortar os ramos, apodrecidos, danificados ou mesmo sem vida, com o propósito de favorecer seu crescimento, a poda forma, trata e renova a árvore e faz com que ela cresça de forma ordenada. No caso do Ipê Amarelo, a queda das folhas coincide com o período de sua floração, que ocorre no final do inverno e é influenciada pela sua intensidade, isto significa que quanto mais frio e seco for o inverno, maior será a intensidade da florada.


Nós também passamos pela poda, ela é necessária e o Senhor nos permite reviver esse processo quantas vezes forem necessárias para sermos moldados, tratados, renovados, a fim de arrancar de nós tudo que não contribui para nosso crescimento ordenado e, para que haja sucesso, é necessário se submeter ao Jardineiro Fiel. Como ocorre com o Ipê, que reflete a beleza de suas flores dotadas de exuberância de forma mais intensa conforme o clima, nós também atingimos nossa melhor forma espiritual depois do período mais difícil que enfrentamos, quanto mais árduo possa ter sido o inverno que enfrentamos, mais intensidade e vigor haverá em nossa florada. 


O Ipê geralmente floresce com a planta totalmente despida de folhagens, nós também, para que possamos florir e alçar o estágio de plenitude no Senhor, também precisamos nos esvaziar de nós mesmos, nos despir da velha natureza, dos velhos anseios, dos velhos costumes, do velho homem, para que haja vida nova e abundante em nós e através de nós. 


Os Ipês também são conhecidos por sua beleza e pela resistência e durabilidade de sua madeira que é muito valorizada, pois as árvores do ipê amarelo produzem uma madeira de alto valor comercial, seu cerne é escuro, é uma madeira pesada e muito resistente, de grande durabilidade. Além da madeira a casca do ipê amarelo é utilizada na fabricação de remédio e têm propriedades terapêuticas importantesAs raízes de sustentação e absorção do Ipê são vigorosas e profundas. 


Enquanto pensava nas espetaculares flores amarelas daquela esquina de Santos, o Espírito Santo ministrou ao meu coração uma analogia às características do Ipê...
Nós também, como filhos de Deus temos que ser conhecidos pela nossa beleza pois somos feitura Sua (imagem e semelhança do Deus Vivo e Criador) temos que resplandecer a luz de Cristo, é a beleza que vem do coração alegre e cheio de vida nova que torna o rosto mais formoso, refletindo para o mundo o brilho de Deus, o que há dentro se manifesta exteriormente como as belas flores do Ipê que se destacam onde ele está plantado; nós também temos que ser reconhecidos pela nossa efetiva resistência (às lutas, às provações, às tentações e às astutas ciladas do diabo), a madeira do Ipê representa "nosso cerne", a essência de adorador que devemos preservar, a qualidade de nossa fé, adoração (estilo de vida) e testemunho, pois somos templos do Espírito Santo e precisamos nos manter firmes, perenes em nossas obras e em nossa caminhada e como a madeira de qualidade, nossa essência deve fazer diferença por onde andarmos. Como o bom perfume de Cristo que temos que exalar, o produto que flui de nós, como o que é extraído da casca do tronco, deve produzir cura, restauração, salvação, vida. Somos o remédio para a Nação, por meio de Jesus Cristo, nosso Senhor, como o bálsamo de Gileade.


Por fim, as raízes representam a base, o nosso alicerce que é é Cristo e por isso, tal qual as raízes do Ipê, precisamos ser vigorosos e constantes, edificando nossa vida sobre a Rocha, que nunca se abala. "Põe-me a salvo na rocha mais alta do que eu." (Salmos 61:2)








"Os que estão plantados na casa do SENHOR Florescerão nos átrios do nosso Deus." 
(Salmos 92:13)



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Obrigada pela visita e participação. Deus te abençõe!